Moradores de uma cidade no sul da Somália que não orarem cinco vezes ao dia serão decapitados, informou uma autoridade, no último dia 6, acrescentando que o decreto entraria em vigor em 3 dias.
Lojas, casas de chá e outros lugares públicos de Bulo Burto, a 200 quilômetros da capital, Mogadíscio, devem ser fechados durante o período de orações e ninguém deve estar nas ruas, disse o xeique Hussein Barre Rage, presidente da corte islâmica da cidade. Sua corte faz parte de uma rede mantida por milicianos armados que tomaram o poder de grande parte do sul da Somália nos últimos meses, o que levou a uma interpretação rígida do islã que é estranha para muitos somalis.
Aqueles que não obedecerem ao decreto de oração depois de passados três dias certamente serão decapitados, de acordo com a lei islâmica, disse o xeique por telefone à Associated Press. Como muçulmanos, devemos praticar o islã inteiramente, não em parte, e é isso que nossa religião nos impõe.
Ele diz que o decreto, que se restringe a Bulo Burto, estava sendo anunciado por alto-falantes em toda a cidade.
As cortes islâmicas da Somália fizeram várias interpretações do Alcorão, e algumas aplicam uma versão mais estrita e radical do islã do que outras. Algumas das cortes introduziram execuções públicas e açoites a condenados, proibiram as mulheres de nadar nas praias públicas de Mogadíscio e proibiram a venda e o hábito de mascar khat, uma planta estimulante consumida na região do Chifre da África e no Oriente Médio.
Depois que moradores da capital reclamaram da falta de consistência da lei, Mogadíscio, que abriga o Conselho das Cortes Islâmicas, montou um tribunal de apelação com juízes mais bem instruídos, em outubro.
Fonte: Portas Abertas / O VERBO
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