Chega de Bla-blá-blá
Renato Vargens
Renato Vargens
O Rio Body Cont ( www.riobodycount.
Não dá mais pra ficarmos inertes diante da barbárie que tem tomado conta das grandes cidades brasileiras. A cada dia a violência se multiplica a ponto de levar-nos a uma profunda inquietação, bem como significativa preocupação com os rumos da sociedade a qual fazemos parte. Há poucas três franceses foram vergonhosamente assassinados em Copacabana, denegrindo substancialmente a imagem carioca diante do mundo que pasmo assiste trágicas cenas de horror. Os sites dos jornais Le Monde e Libération, dois dos maiores da França, noticiaram o assassinato dos três franceses. No Le Monde, o crime teve destaque na área de notícias internacionais, com o título: "Três franceses são mortos com arma branca em Copacabana". Já o texto do Libération, sob o título "Três franceses mortos em Copacabana", afirma que um policial descreveu como "uma cena macabra" a situação em que os corpos foram encontrados. No espaço destinado a comentários, um dos leitores do Libération afirma: "Nós podemos criticar os Estados Unidos, mas o Brasil não é melhor. A pobreza e a falta de educação são incontestavelmente responsáveis."
Tragédias como a que ocorreu ao menino João Hélio Fernandes, nos aponta o estado de putrefação das nossas cidades, as quais tem sido vitimadas nos últimos anos por uma violência descabida e irracional.
Como já escrevi anteriormente, ouso afirmar que estamos vivendo um dos momentos mais obscuros da história recente do nosso estado, aonde assassinatos e crimes se tornaram ícones de uma sociedade decadente e imoral. Diante do quadro que se apresenta, corremos sérios riscos de institucionalizarmo
Não nos é possível tratarmos com naturalidade noticias como a que ouvimos do pai da menina Isabelle Drummond, que estupidamente foi assassinado na cidade de Niterói com um tiro a queima roupa no olho. A barbárie em hipótese alguma deve fazer parte de uma sociedade democrática e desenvolvida. Não devemos e nem podemos nos acostumar ao que temos visto e ouvido em nossas cidades, antes pelo contrário, nós cidadãos de bem devemos nos posicionar impetuosamente confrontando o estado caótico que se encontra nossos municípios, deixando a margem da existência o blá-blá-blá que tanto nos tem prejudicado.
Nosso dever como cristãos é instigar a participação da sociedade, organizar fóruns reflexivos, promover discursos equilibrados, instituir debates inteligentes, cobrar do poder público, além obviamente de juntamente com o restante da sociedade civil, promover rumos e caminhos que nos levem a um estado de paz e dignidade.
É tempo de arregaçarmos as mangas! Mãos a obra!
Renato Vargens
Pastor da Igreja Cristã da Aliança
Vice-presidente do Movimento Rio de Paz
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