Confira um bate papo sobre o CD Por amor de ti, oh Brasil

 

 

 

Ana Paula, Nívea Soares, Mariana Valadão, Helena Tannure e Paulo Abucater em um bate-papo imperdível sobre a visão do novo CD, recordação de momentos marcantes, reflexões sobre a realidade da igreja brasileira, e ainda planos para o futuro.  Leia! Diante do Trono: Por que o nome Por amor de ti, oh Brasil? Ana Paula: Este é o nome de uma das canções e que dá título a todo o CD. Esta música é a principal do projeto e está baseada em Isaías 62. Aprendemos junto ao profeta Isaías a amar a nossa terra, orarmos por ela. Cremos na restauração e não descansarmos até ver a nossa terra ser levantada por Deus. E nesse versículo o profeta está chorando por causa da situação da sua cidade, e nós também precisamos ter esse amor pelo nosso país. DT: Esse nome transmite a mensagem central do CD? Ana Paula: Com certeza. Todas as demais músicas estão envolvidas nesse tema. Cantamos muitas delas sobre o reinado do Senhor e o seu domínio. Clamamos a Ele que o seu reino venha sobre nós. O reino do Senhor é de paz, justiça, alegria, retidão e cremos que este reino está em nós e ele precisa se estender pela Terra transformando vidas, situações, realidades espirituais e naturais. Queremos ver o reino do Senhor em todas as áreas do Brasil. Queremos ver esse reino transformar a nossa vida. Helena: Não só o Brasil, mas toda a Igreja precisa de uma transformação, restauração. Essa transformação se dará através da Igreja de Cristo. Por amor do Brasil, nós Igreja temos que buscar uma restauração nas nossas vidas para que o resultado resulte na transformação do nosso país. Nívea: Concordo com a Ana. O papel da Igreja hoje não é de ser relapsa em situações da nossa sociedade. O papel da vida de Jesus em nós é fluir até alcançar a sociedade. É trazer cura para as doenças da nossa sociedade, denunciar a injustiça. Foi isso o que os profetas fizeram e eles anunciaram o caminho do Senhor. DT: E era exatamente isso que o profeta Habacuque fazia, e que também é base para as músicas desse CD. Nívea: Sim. Habacuque, Oséias, Amós, Jeremias, Isaías... Eles chegaram denunciando a injustiça e o próprio Jesus também fez isso. Jesus não foi relapso nos problemas da sociedade. Ele fez o contrário. Ele se manifestou como solução. Helena: Não há formulas para a mudança do Brasil. Uma mudança política não mudará a realidade. É necessária uma mudança espiritual. A Igreja também precisa ser alcançada por valores que Jesus nos ensinou e se perderam ao longo do tempo: amor, humildade, serviço. A Igreja tem que resgatar isso para si, para depois influenciarmos a sociedade com esse amor como Jesus fazia. Como a Nívea disse, Jesus não ficava preso dentro do templo. Ele andava pelas ruas e conhecia a realidade do povo. Ele fazia diferença. Ana Paula: A música que o André ministrou Tu és o remédio fala que Jesus é o remédio e Ele está em nós, e que nós liberamos a cura para os povos. Jesus é o remédio para todas as situações e nós temos essa verdade em nós. Precisamos manifestá-la em nossas vidas. Isso trará mudança. Nívea: É interessante porque o meu novo CD também falará sobre isso, sobre essa responsabilidade da Igreja e do Corpo de Cristo. Quando ouvi as músicas da Ana quase caí para trás! É a mesma visão e temática. DT: Entronizar ao Senhor é a chave para ver o Brasil transformado? Ana Paula: É sim. Entronizar ao Senhor é exatamente isso. Nos submetermos ao seu reinado, ao seu domínio. Quem se assenta no trono é o rei. E queremos com a nossa adoração não apenas cantada, com a nossa oração, não apenas falada, mas com nosso estilo de vida. Nós, povo de Deus, podemos cultuar ao Senhor com a nossa vida, nos nossos negócios, na nossa família, não apenas nos cultos para que o trono do Senhor seja estabelecido aonde quer que estejamos. Isso vai mudar a nossa nação. Nívea: É... Fico aqui pensando sobre o conceito de adoração... Ser um verdadeiro adorador é ser provado nos momentos de luta e de dor. O Brasil tem sido provado nesse sentido. O verdadeiro adorador adora não por aquilo que Deus dá, mas aquilo que Ele é, mesmo nas horas em que Ele não faz as coisas que queremos. Esse é o momento em que precisamos sentir livres para achegar ao Senhor e adorá-lo. DT: Mas fala-se muito que o Brasil é um celeiro de missionários. Nívea: Muitas promessas, mas aí me pergunto: Cadê? É claro que vemos muitas agências missionárias e pessoas comprometidas com missões, mas não vemos essa visão se cumprir ainda. O Brasil é um país que recebe todo mundo. O brasileiro é bem vindo em todos os lugares e há uma diversificação racial enorme. Tem um dedo de Deus e existe um chamado nesse sentido. Entretanto ainda precisa haver uma disponibilidade real no coração da igreja brasileira. Ana Paula: Inclusive falar de missões e não falar do nosso próprio povo que precisa ser alcançado seria uma hipocrisia. A gente quer chegar até os confins da terra, mas ainda temos um enorme desafio dentro das nossas fronteiras. Um dos alvos dessa gravação é também resgatar a cultura do nosso povo indígena, que foi dizimado e tem sido muitas vezes menosprezado e usurpado dos seus direitos em nossa terra. E falar de cura da nação é ministrar a esse povo também. É voltar os olhos da nação e da Igreja brasileira para o desafio que ainda temos de amar, alcançar e abençoar os povos que ainda estão vivendo muitas vezes esquecidos e abandonados dentro da floresta. Queremos estender a mão e ser uma benção. Queremos também alcançar, e despertar a Igreja para os povos ribeirinhos, que vivem também junto dos rios, dentro da floresta. DT: Entretanto há uma das músicas, Não haverá impossíveis, que fala que o tempo pode passar, mas o que Deus falou se cumprirá. Ana Paula: Isso mesmo. É aí que cremos contra a esperança, ou seja, ainda que existam muitas promessas e muitas coisas não cumpridas, cremos que Deus será fiel em todas as suas palavras, porque para Ele não existe nada difícil demais ou impossível. Por isso que ainda cantamos: “Meus olhos estão em ti, Senhor. Pois por mim mesmo nada posso fazer”. Nívea: Eu tento sempre ver com os olhos fé, por mais difícil que pareça. Creio que isso tem tudo para acontecer se o povo de Deus abrir seu coração e abraçar a visão do Senhor. Vemos a realidade, aceitamos as nossas responsabilidades e cremos na fidelidade de Deus. Paulo: O plano do Senhor é soberano sobre o nosso entendimento. Isso é nossa função é buscar ao Senhor nessas situações, mas a soberania dele é maior do que todas as coisas. DT: Qual foi o momento mais marcante? Helena: Para mim foi o momento da música Tu reinas. Nessa música eu me ajoelhei e senti a presença de Deus enchendo o palco. Eu não consegui ficar em pé. Foi marcante porque o vocal todo se ajoelhou e quando me levantei vi que o coral também estava se levantando, ou seja, até o coral composto por 5.000 pessoas se ajoelhou! E nesse momento as pessoas começaram a cantar acapella o refrão: “Jesus, filho de Deus, diante de ti todo joelho se dobrará”. Foi como se o trono de Deus fosse reestabelecido ali. Como se o lugar que fosse só dele tivesse sido usurpado, mas Ele ali o tivesse o resgatado com todo poder e majestade. Paulo: Foi legal porque o povo cantou sem os instrumentos e foi uma resposta à adoração que estava acontecendo naquele momento. DT: A gravação foi divida em dois momentos. Como foi isso e quais foram esses momentos? Ana Paula: Foi muito interessante termos esses dois momentos distintos na gravação, porque foi muito claro em meu coração a direção de que deveríamos trocar de roupa no meio. Então tivemos esse intervalo, enquanto o Pr. Gustavo pregou. Começamos nas músicas de celebração com roupas mais casuais, camisetas, calças jeans, e depois nos vestimos realmente como príncipes e princesas. Colocamos uma roupa muito linda, de gala, de honra, cantando junto com o CD, declarando com as nossas vestes aquilo que o CD estava falando, essa transformação. Esse novo tempo de honra, glória, de transformação que Deus tem para todos nós, povo de Deus, povo brasileiro. Mariana: Realmente além de cantar a gente realmente expôs o que a gente estava cantando. Na primeira parte estávamos informais, aquela coisa mais com cara de quando se está na casa do pai. Ali estávamos como se fosse no colo, em um momento de intimidade com o Senhor em liberdade, mas ao mesmo tempo com muita reverência. Foi aí entrou o segundo momento, quando entramos na sala do trono. Ana Paula: E esse foi também o primeiro ano que a Mariana tomou a frente de toda parte dos figurinos. Mariana: Verdade. Em todos os CDs eu sempre estava junto, dando “pitaco” nos figurinos. Aí, no CD infantil A Arca de Noé fui eu que corri atrás da roupa que a Ana vestiu. Então, faltando três meses pra a gravação do Por amor de ti, oh Brasil, eu falei com a Ana que tinha achado alguns patrocínios para os figurinos. Aí a Ana me disse para tomar a frente dessa parte. Helena: Foi muito legal ter a Mari cuidando dessa parte porque ela nos conhece muito e sabe o que cada pessoa não usaria, por exemplo. A Luciana da Ana Fortunata, que nos abençoou com as roupas do segundo momento, também fez questão de nos ouvir e trabalhar de acordo com o que gostávamos. Na realidade, nas gravações anteriores isso já acontecia, com a preocupação de nos consultar sobre os nossos gostos. Sempre houve um trabalho assim, mas foi a primeira vez que a Mariana estava à frente, que é uma pessoa de dentro do grupo. E certamente nos ajudou muito e foi uma benção! DT: E como foi o resultado da experiência para você, Mariana? Mariana: Amei! Foi um resultado excelente. Inclusive quando eu estava entregando as roupas para cada um do grupo foi muito bom. Houve uma interação muito gostosa com todo mundo. O pessoal gostou do resultado. Além disso, as portas se abriram e praticamente nem tivemos gastos com os figurinos. DT- Qual foi a impressão da cidade de Belém e da Igreja de lá? Ana Paula: Belém é lindíssima, muito arborizada com árvores frutíferas e praças. É uma cidade com arquitetura maravilhosa, marcada pelos tempos áureos da borracha do Império. Há muita influência portuguesa daquele tempo de riqueza na região. Vimos também ali muita desigualdade, necessidades. Existe pobreza, mas o Senhor tem abençoado e prosperado aquela terra. Aquele povo é abençoado pela riqueza natural da região. É uma metrópole inserida no meio da floresta. E a igreja na cidade é forte, de oração, muito avivada. Foi através de Belém que o movimento pentecostal entrou no Brasil há quase 100 anos com a chegada dos primeiros missionários da Assembléia de Deus. Nós sabemos que o fogo do Espírito Santo tomou conta de todo o Brasil. Belém foi esse portal. Mariana: Eu achei o povo muito livre em relação à adoração. Mas também os achei acanhados no relacionamento conosco. Tive um sentimento de compaixão muito grande pelas pessoas que são sofridas e presas pela religiosidade. Relacionando com as pessoas percebi que é necessária uma cura na alma, algo bem interno, porque externamente as pessoas são alegres, mas no fundo dos olhos senti a necessidade do amor de Deus. DT: Tudo o que aconteceu durante a gravação está registrado no CD? Ana Paula: No CD não, mas no DVD deixaremos grande parte do que aconteceu na gravação. A capacidade de gravação de um CD é somente 74 minutos, então concentramos em deixar as canções e alguns momentos espontâneos que foram maravilhosos, que não podíamos deixar de colocar no CD. Mas no DVD temos 2 horas de capacidade, então deixamos algumas coisas que serão exclusividades. Tem uma música que a Nívea Soares ministrou especificamente para Belém. Não é, Nívea? Nívea: É. Essa canção é uma palavra profética direcionada para Belém. E ela trata do significado do nome da cidade que significa “Casa do Pão”. Deus me deu naquele dia exatamente essa palavra. Belém da Judéia era vista como a menor cidade de Israel e a palavra foi que apesar de ser vista como pequena, a menor de todas, dela sairia o Salvador. Muitos ali na nossa Belém brasileira, poderiam se ver como pequenos, gente inútil para Deus, mas que Ele havia escolhido. Ele deseja usar muitos com poder, glória, maravilhas. E eu lembro de uma palavra que eu dei lá de que o real avivamento vai surgir daqueles que não estão em evidência. Ele vai usar as coisas loucas para envergonhar as sãs. Me senti muito privilegiada e amada de ter sido convidada para participar da gravação esse ano. Eu senti que por mais que o tempo foi curto, de alguma forma o Espírito Santo me fez gerar esse CD com a Ana. Testificou em meu coração de uma forma muita intensa. Ana Paula: E foi benção mesmo ter a Nívea conosco na gravação e nesse momento em especial. Além dessa participação especial dela, tem ainda uma mensagem pregada pelo Pr. Gustavo Bessa sobre o texto de Habacuque, onde baseamos a nossa visão que estamos cantando de amor pelo Brasil e na fé de transformação, ainda que ao redor não vejamos nada nos encorajado. Temos ainda uma homenagem ao meu pai. Em 2006 ele quase faleceu, mas o Senhor nos deu o livramento. Então eu não poderia deixar de honrar ao Senhor e honrar o meu pai nessa oportunidade. E é claro, celebrar com toda igreja a vida do meu filhinho, o Isaque. Diante do Trono: As cinco regiões do país – sul, sudeste, centro-oeste, nordeste e norte - já foram cobertas pelos eventos das últimas gravações. Qual o destino que a campanha Brasil Diante do Trono tomará? Ana Paula: Eu também queria saber a resposta dessa pergunta! Nós temos orado e eu já tenho algumas impressões em meu coração, mas ainda não posso falar. Precisamos ter certeza antes de divulgar. Mas temos a certeza de que ainda não acabou! Deus quer que continuemos viajando pelo Brasil, tanto nas ministrações ao longo do ano como na gravação anual, realmente convocando a Igreja a buscar o Senhor em favor do resgate do nosso país. Se antes a gente já tinha isso no nosso coração muito forte, agora estamos vestindo essa visão mais claramente. Até na capa do CD, para que todo mundo que passar em frente a uma loja, vir o CD na mão de alguém ver o Brasil e o nosso amor pelo país. E eu peço ao Senhor que pelo Espírito Santo derrame esse amor no coração de cada cristão. Porque nós é que temos a chave, a autoridade em Jesus e através das nossas vidas para fazer diferença e sarar a nossa Terra, ser esses intercessores em favor do nosso povo e da nossa nação.