20/10/2006 - 22h50
FELIPE VAZQUEZ
Editor de UOL Diversão e Arte
A partir deste sábado (21), a Pinacoteca do Estado ganha nova intervenção em sua fachada com o projeto "Pixo, Logo Existo", que reúne uma série de obras de artistas do grafite e stencil (técnica que utiliza máscaras e sprays) e alguns dos principais grupos de pichadores da cidade.
Cabeças grafitadas de personalidades como Frank Zappa, Nietzsche e Adoniran Barbosa, entre outros, apresentam "pensamentos" que trazem as marcas de alguns dos mais ativos grupos de pichadores da cidade, como Pigmeus, 8 Batalhão e Gane Boys, entre outros.
Admirados e ao mesmo tempo odiados por deixar suas marcas por todas as partes da cidade, os pichadores mantém "a essência transgressora do grafite, que está perdendo força", afirma Celso Gitahy, coordenador do projeto e um dos principais grafiteiros de São Paulo.
"É preciso discutir a atitude da pichação, pois estas marcas são deixadas na maioria das vezes por pessoas marginalizadas e excluídas da sociedade. Se em todos os lugares as pichações estão presentes, é um sinal de que a cidade está sofrendo desta 'inflamação' social", afirma Celso.
O "pixo" (sic) é um dos fundamentos do grafite, em sua modalidade também conhecida como "tag", caracterizada por assinaturas com letras quase incompreensíveis. É também a principal porta de entrada de jovens artistas da periferia no mundo do grafite, forma de arte que levou décadas para ser aceita e hoje vive uma nova onda de valorização no meio das artes. "O grafite passou, definitivamente, a integrar o rol de linguagens artísticas contemporâneas. Desde os artistas que o tomaram como ponto de partida, como Keith Haring e Alex Vallauri, bem como aqueles que se mantêm mais estritamente ligados a essa linguagem, há uma presença marcante dessa manifestação no universo das artes visuais contemporâneas em todo o mundo. Abrigar este projeto nos pareceu pertinente porque permite ao museu suscitar e participar de um debate sobre o modo de inserção dessas manifestações e de seus conteúdos propositivos, que abarcam questões sociais e estéticas muito ricas", afirma Marcelo Araújo, Diretor da Pinacoteca do Estado. (Colaborou Ricardo Oliveros)
Pixo, Logo Existo
»ONDE: Exterior da Pinacoteca do Estado (Pça da Luz, nº2 - São Paulo-SP. Informações: (11) 3229-9844)
»QUANDO: a partir de 21/10
»QUANTO: grátis
FELIPE VAZQUEZ
Editor de UOL Diversão e Arte
| Divulgação  Fachada da Pinacoteca terá projetos com pichadores e grafiteiros |
Cabeças grafitadas de personalidades como Frank Zappa, Nietzsche e Adoniran Barbosa, entre outros, apresentam "pensamentos" que trazem as marcas de alguns dos mais ativos grupos de pichadores da cidade, como Pigmeus, 8 Batalhão e Gane Boys, entre outros.
Admirados e ao mesmo tempo odiados por deixar suas marcas por todas as partes da cidade, os pichadores mantém "a essência transgressora do grafite, que está perdendo força", afirma Celso Gitahy, coordenador do projeto e um dos principais grafiteiros de São Paulo.
"É preciso discutir a atitude da pichação, pois estas marcas são deixadas na maioria das vezes por pessoas marginalizadas e excluídas da sociedade. Se em todos os lugares as pichações estão presentes, é um sinal de que a cidade está sofrendo desta 'inflamação' social", afirma Celso.
O "pixo" (sic) é um dos fundamentos do grafite, em sua modalidade também conhecida como "tag", caracterizada por assinaturas com letras quase incompreensíveis. É também a principal porta de entrada de jovens artistas da periferia no mundo do grafite, forma de arte que levou décadas para ser aceita e hoje vive uma nova onda de valorização no meio das artes. "O grafite passou, definitivamente, a integrar o rol de linguagens artísticas contemporâneas. Desde os artistas que o tomaram como ponto de partida, como Keith Haring e Alex Vallauri, bem como aqueles que se mantêm mais estritamente ligados a essa linguagem, há uma presença marcante dessa manifestação no universo das artes visuais contemporâneas em todo o mundo. Abrigar este projeto nos pareceu pertinente porque permite ao museu suscitar e participar de um debate sobre o modo de inserção dessas manifestações e de seus conteúdos propositivos, que abarcam questões sociais e estéticas muito ricas", afirma Marcelo Araújo, Diretor da Pinacoteca do Estado. (Colaborou Ricardo Oliveros)
Pixo, Logo Existo
»ONDE: Exterior da Pinacoteca do Estado (Pça da Luz, nº2 - São Paulo-SP. Informações: (11) 3229-9844)
»QUANDO: a partir de 21/10
»QUANTO: grátis
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