Nome: Martin Luther King Jr Local e ano do nascimento: Atlanta-EUA, 1929 Local e ano do falecimento: Memphis-EUA, 1968 Martin Luther King Jr. era o segundo de três filhos do reverendo Martin e de Alberta Williams King Em 1948, aos 19 anos, formou-se bacharel em Sociologia na Morehouse College. Continuando seus estudos formou-se em Teologia, em 1951, no Crozer Theological Seminary. Martin Luther King assumiu em 1954, na cidade de Montgomery, a posição de pastor na Igreja Batista. No ano seguinte, doutorou-se em Filosofia na Boston University e liderou um boicote, de duração de 381 dias, contra a segregação racial no ônibus, conseguindo a revogação da proibição através da Corte Suprema. Com base nos princípios cristãos e em Gandhi, Martin Luther King defendia a ação não-violenta como forma de atingir seus objetivos. Em 1960, conseguiu a liberdade, para os negros, do uso de bibliotecas, parques e lanchonetes. Em 28 de agosto de 1963 realizou com mais de 200 mil pessoas a famosa "Marcha para Washington", onde proferiu seu mais famoso discurso, "I have a dream", pedindo uma sociedade com igualdade racial. Sua luta pelos direitos civis dos negros teve continuidade com a aprovação da lei que garantia a igualdade racial de direitos (Lei dos Direitos Civis) em 1964 e no ano seguinte com a aprovação da Lei dos Direitos de Voto para os negros. No início de 1964 foi o primeiro negro a ser considerado o "Homem do Ano" pela revista Time. No mesmo ano foi agraciado com o Prêmio Nobel da Paz, se transformando no mais jovem a conquistá-lo. Em 1968, foi assassinado por James Earl Ray.
O início da luta Foi nessa época que conheceu Coretta Scott, uma estudante de Música, com quem se casou em 18 de junho de 1953. No ano seguinte, aceitou o convite para pastorear a Igreja Batista da avenida Dexter, em Montgomery, no Alabama, estado situado no Sul, foco dos maiores conflitos raciais do país. Em 1955, já doutor em Teologia (quando passou a ser conhecido como o "reverendo" King), Martin via a comunidade negra totalmente submissa, com medo de lutar contra as injustiças raciais. Os ônibus da cidade eram guiados somente por motoristas brancos, e só os últimos bancos eram permitidos aos negros. No dia 1º- de dezembro de 1955, uma garota negra chamada Rosa Parks embarcou num ônibus e se recusou a dar lugar para um passageiro branco. A prisão de Rosa levou Luther King e seus seguidores a iniciar, no dia 5 de dezembro, um boicote contra os serviços rodoviários de Montgomery. Com a manutenção do boicote por quase um ano, as autoridades racistas usaram uma velha lei antiboicote para acabar com o movimento e prender 89 pessoas, incluindo Martin Luther King. Inspirados pelo sucesso do boicote em Montgomery, outros movimentos começaram a se espalhar, protestando contra a discriminação racial no Sul, e tornaram-se o ponto de partida da cruzada de Luther King, que usava o amor, a oração e o discurso como uma ação direta contra a violência física. No lançamento de seu livro A Caminho da Liberdade, sofreu um atentado durante uma sessão de autógrafos. Uma mulher negra, de meia-idade, com passagens em vários hospitais psiquiátricos, cravou um abridor de cartas em seu peito. Levado às pressas para o hospital, King sofreu uma cirurgia extremamente delicada e sobreviveu. Participou de várias marchas de protesto e, como resultado, aos poucos foi somando conquistas. Ajudou a acabar com a segregação racial nas escolas, restaurantes, bares e outros locais, e sua ação foi fundamental na decisão do governo dos EUA de tornar prioritária a questão dos direitos civis. Em 28 de agosto de 1963, King reuniu 250 mil pessoas na Marcha sobre Washington. Deixando de lado suas anotações, fez, das escadarias do Lincoln Memorial, aquele que foi tido como o maior discurso do movimento pelos direitos civis: "I had a dream" ("Eu tive um sonho"). Orador apaixonado e persuasivo, considerado por muitos como o melhor dos Estados Unidos, Luther King tornou-se capa da revista Time de 3 de janeiro de 1964, recebendo o título de Homem do Ano de 1963. Os atentados a bomba, as execuções de negros e outros atos de violência continuaram, mas a história tomou um rumo sem volta. No dia 2 de julho de 1964, o presidente americano Lyndon Johnson assinou o Ato dos Direitos Civis e foi à televisão. "Aqueles que antes eram iguais perante Deus serão agora iguais nas seções eleitorais, nas salas de aula, nas fábricas e nos hotéis, nos restaurantes, cinemas e outros lugares que prestem serviços ao público", disse Johnson. Em outubro de 1964, King recebeu o Prêmio Nobel da Paz e iniciou uma nova luta: uma campanha de registro nas juntas eleitorais. Para garantir o direito, o governo federal interveio e presidente Lyndon Johnson assinou, em 1965, a Carta dos Direitos do Voto. Em abril de 1968, em meio a diversas manifestações violentas do movimento Black Power (Poder Negro) em cidades como Chicago, Boston, Los Angeles e Filadélfia, Martin Luther King foi a Memphis para dar apoio a trabalhadores negros que lutavam pela igualdade salarial. No dia 3 de abril, na véspera do protesto, ele proferiu seu último discurso, profético - "I see the promise land" ("Eu vejo a terra prometida") - na sede da Igreja de Deus em Cristo, a maior denominação pentecostal americana africana dos EUA. No dia 4, à noite, King estava no terraço do hotel, quando foi atingido no pescoço por um tiro disparado do telhado de um prédio vizinho. Gravemente ferido e levado às pressas para o hospital, Martin Luther King, aos 39 anos, morreu uma hora depois. Seu funeral, realizado no dia 8 de abril, foi acompanhado por sua mulher e seus quatro filhos, e assistido pela TV por 120 milhões de americanos. Sobre a sepultura, gravadas na lápide de mármore, as palavras de uma velha canção de escravos: "Free at last, free at last/Thank God Almighty/I´m free at last" ("Finalmente livre, finalmente livre/Obrigado Deus Todo-Poderoso/Finalmente sou livre). |
20.11.06
Dia da Consciência Negra- Negros notáveis em Cristo 3
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