09/11/2006
Herdeiros judeus querem sua arte de volta
Michael Michael Sontheimer
e Andreas Wassermann
Um leilão de arte na noite de quarta-feira em Nova York promete ser um grande evento social. Mas também reacenderá uma grande questão enfrentada pelos museus alemães: quando se trata de arte tomada de colecionadores judeus pelos nazistas, a moralidade está acima do dinheiro?
Quando a crème de la crème dos colecionadores de arte se reunir na Christie's em Nova York, na noite de quarta-feira, será um dos grandes eventos sociais da estação. A maior casa de leilão do mundo espera que mais de 1.500 compradores potenciais compareçam à sua "Noite de Venda de Arte Moderna e Impressionista" no Rockefeller Center, não distante da Quinta Avenida. Disponíveis para leilão estarão obras de Paul Gauguin, Pablo Picasso e Gustav Klimt, assim como uma pintura de Ernst Ludwig Kirchner que estava em exibição no Museu Brücke de Berlim até 1º de agosto.
O leilão poderá render mais de US$ 300 milhões. A Christie's espera que a pintura de Kirchner de 1913, "Cena de Rua em Berlim", que o Senado de Berlim devolveu à neta do colecionador de arte judeu Alfred Hess, atinja mais de US$ 20 milhões.
Quando este ícone do expressionismo alemão mudar de mãos, ele inevitavelmente reacenderá o debate na Alemanha sobre as dificuldades que os alemães enfrentam para lidar com um aspecto singular de seu passado nazista. De fato, o caso Kirschner é apenas o início.
Herdeiros judeus reivindicam muitas peças de arte valiosas atualmente penduradas em museus alemães. Aqueles encarregados de chegar a uma decisão sobre as obras de arte - sejam diretores de museu ou políticos locais - enfrentam um dilema. Por um lado, há as reivindicações de descendentes de judeus alemães perseguidos ou assassinados, que querem a devolução das obras tomadas de seus ancestrais por coerção. Por outro lado, é do interesse público assegurar que peças de arte importantes permaneçam no país. Diretores de museu acusam alguns dos envolvidos de estarem mais preocupados com os milhões em jogo do que com as questões morais - advogados com mentalidade empresarial ansiosos em atender um mercado de arte ávido por novo material.
Herdeiros judeus querem sua arte de volta
Michael Michael Sontheimer
e Andreas Wassermann
Um leilão de arte na noite de quarta-feira em Nova York promete ser um grande evento social. Mas também reacenderá uma grande questão enfrentada pelos museus alemães: quando se trata de arte tomada de colecionadores judeus pelos nazistas, a moralidade está acima do dinheiro?
Quando a crème de la crème dos colecionadores de arte se reunir na Christie's em Nova York, na noite de quarta-feira, será um dos grandes eventos sociais da estação. A maior casa de leilão do mundo espera que mais de 1.500 compradores potenciais compareçam à sua "Noite de Venda de Arte Moderna e Impressionista" no Rockefeller Center, não distante da Quinta Avenida. Disponíveis para leilão estarão obras de Paul Gauguin, Pablo Picasso e Gustav Klimt, assim como uma pintura de Ernst Ludwig Kirchner que estava em exibição no Museu Brücke de Berlim até 1º de agosto.
O leilão poderá render mais de US$ 300 milhões. A Christie's espera que a pintura de Kirchner de 1913, "Cena de Rua em Berlim", que o Senado de Berlim devolveu à neta do colecionador de arte judeu Alfred Hess, atinja mais de US$ 20 milhões.
Quando este ícone do expressionismo alemão mudar de mãos, ele inevitavelmente reacenderá o debate na Alemanha sobre as dificuldades que os alemães enfrentam para lidar com um aspecto singular de seu passado nazista. De fato, o caso Kirschner é apenas o início.
Herdeiros judeus reivindicam muitas peças de arte valiosas atualmente penduradas em museus alemães. Aqueles encarregados de chegar a uma decisão sobre as obras de arte - sejam diretores de museu ou políticos locais - enfrentam um dilema. Por um lado, há as reivindicações de descendentes de judeus alemães perseguidos ou assassinados, que querem a devolução das obras tomadas de seus ancestrais por coerção. Por outro lado, é do interesse público assegurar que peças de arte importantes permaneçam no país. Diretores de museu acusam alguns dos envolvidos de estarem mais preocupados com os milhões em jogo do que com as questões morais - advogados com mentalidade empresarial ansiosos em atender um mercado de arte ávido por novo material.
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