CAPELANIA | |||
Eu Tenho um SonhoPublicado em: 27/08/2006 12:32 | |||
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28 de agosto de 1963, Dr. Martin Luther King fez o seu mais famoso e significativo discurso pela causa dos direitos civis. Lembramos, neste dia, a vida de um dos mais expressivos líderes do século 20, responsável pela luta pela igualdade de direitos entre negros e brancos. I HAVE A DREAM (Eu tenho um sonho ) Com o fim da Segunda Guerra Mundial os Estados Unidos, um dos vencedores, tornaram-se símbolos da democracia. Apareceram através da imprensa e do cinema como exemplares guardiões dos direitos dos cidadãos. E, de certa forma, eram um país exemplar neste sentido. No entanto, no país mais democrático do mundo havia a segregação racial. Os negros, grande parte da população norte-americana, eram privados dos direitos civis e, em muitos estados, eram obrigados a uma vida completamente apartada da população branca. Havia ônibus para brancos e ônibus para negros; havia escolas para brancos e escolas para negros, calçadas para brancos e... assim se fazia a segregação racial no país exemplar pela sua democracia. O apartheid era uma chaga na sociedade estadunidense. O espírito democrático que identifica aquela sociedade não conseguiu, até os nossos dias, apagar completamente os resquícios do passado puritano marcado pela crença de uma suposta eleição divina e de superioridade racial. Esta crença ainda alimenta a existência de expressivos grupos racistas que atuam em alguns estados sob a proteção de políticos. O escândalo do racismo norte-americano tornou-se mais evidente nos anos 50 e 60, exatamente quando os Estados Unidos apareceram como guardiões da democracia no mundo e, contraditoriamente, quando o mundo vivia uma grande esperança motivada pela recuperação econômica das nações que participaram da Guerra e pelas ideais democráticos e igualitários dos povos surgidos após a vitória sobre o fascismo. Foi nesse tempo que apareceu Martin Luther King Jr. Nascido na Geórgia em 15 de janeiro de 1929, filho mais velho de um pastor batista e de uma professora. Jovem ainda, com 19 anos apenas, tornou-se pastor e mais tarde fez seu curso de teologia e pós-graduou-se pela Universidade de Boston, onde conheceu Coretta Scott, uma estudante de música, com quem se casou mais tarde. Em 1954 assumiu o ministério na igreja batista de Montgomery, Alabama. No ano seguinte, nesta cidade, houve um incidente com uma senhora. Ela foi impedida de usar um ônibus pelo fato de ser negra. Luther King era, na ocasião, presidente da Associação de Melhoramento de Montgomery, assim, com facilidade, organizou um movimento de protesto contra o ato discriminatório. Esse movimento, que chegou a durar um ano, deu início à luta pelos direitos civis nos Estados Unidos. Em 1957, foi criada a Conferência da Liderança Cristã no Sul, uma entidade formada por igrejas e pastores negros, voltada a lutar contra as leis segregacionistas através de atos pacíficos. King acabou sendo o líder da entidade. Nos anos 1960 ele liderou uma série de manifestações, todas pacíficas, para protestar contra a discriminação racial e pelos direitos civis dos negros. Numa dessas manifestações, King foi preso e acusado de atentar contra a ordem pública. Em 1963 liderou um movimento gigantesco em Washington que ficou conhecido por "A Marcha para Washington". Mais de 200 mil pessoas pediram pelos direitos civis no Alabama e nos Estados Unidos. Ainda em 1963, liderou a histórica passeata em Washington, onde proferiu seu famoso discurso I have a dream. No ano seguinte recebeu o Prêmio Nobel da Paz. (leia no final dessa matéria o discurso na integra) Até 1968, King liderou muitos movimentos em favor dos direitos civis e também, pelo fim da Guerra no Vietnam. Conseguiu em 1965 a aprovação da Lei do Direito de Voto, que deu direito de voto à população negra. Em 4 de abril de 1968, num hotel em Memphis, King foi baleado e morto. Nas suas últimas palavras disse: "Por isso estou feliz hoje. Nada me preocupa, não temo ninguém. Vi com meus olhos a chegada do Senhor". Seu assassino foi um branco fugitivo da cadeia. Hoje está preso e condenado a 99 anos de prisão. Luther King foi o verdadeiro líder. Sua liderança e autoridade vinham da sua fidelidade e honestidade na maneira de conduzir a luta pelos direitos civis. Não usava de violência, usava palavras. Palavras fortes, forjadas num coração cheio de esperança. King não odiava a sociedade americana por ser racista. Odiava sim ao racismo, e foi contra ele que lutou durante sua vida pastoral até o seu último dia. King não morreu somente pelo direito dos negros, embora tenha sido este objetivamente o seu empenho, ele morreu pela saúde espiritual de uma sociedade que, desenvolvida em tantos aspectos, ainda carregava o perverso sentimento de superioridade entre irmãos da mesma América. Eu tenho um sonho que um dia esta nação se erguerá e viverá o verdadeiro significado de seus princípios: nós acreditamos que esta verdade seja evidente, que todos os homens são criados iguais. Eu tenho um sonho que um dia minhas quatro crianças viverão em uma nação onde não serão julgadas pela cor de sua pele, mas sim pelo conteúdo de seu caráter. Martin Luther King Jr., 28 de agosto de 1963 Em tudo somos atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não desesperados; perseguidos, mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos; trazendo sempre no corpo o morrer de Jesus, para que também a vida de Jesus se manifeste em nossos corpos; pois nós, que vivemos, estamos sempre entregues à morte por amor de Jesus, para que também a vida de Jesus se manifeste em nossa carne mortal. Devido à nossa pregação, nós enfrentamos a morte, porém isso resultou em vida eterna para vocês. (II Coríntios 4:8 a 12) Prª Kátia Nichele |
20.11.06
Dia da Consciência Negra- Negros notáveis em Cristo 2
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