11/11/2006 - 10h14
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Da Redação
Andar por ruas e ladeiras sempre cheias. Calçadas apertadas. Tem o tradicional bateu-colou. Tudo ao som da titia. Ou quem sabe da galinha. Isso é a 25 de Março.
A um mês e meio do Natal, a região de maior comércio popular do país, em São Paulo, já vive o clima de final de ano. O movimento médio chega a quase um milhão de pessoas por dia. Mas o que leva tanta gente a comprar na 25 de Março?
"Por causa do preço", disse a artista plástica Agda Prado de Jesus.
"A diversidade, muitas lojas e o preço, com certeza", afirma a vendedora Luciana Maimoni.
"Mais em conta. Mais barato", disse a dana-de-casa Mariana Cindozo.
"A variedade de produtos, cores, as lojas e o preço", destaca a arquiteta Luciana Trizzini.
A variedade de produtos e de preços fica evidente em uma loja de decoração, por exemplo. É possível encontrar enfeites de R$ 1 e até árvores de mais de R$ 9.000.
Recente pesquisa aponta que 58% dos consumidores que freqüenta a 25 de Março são das classes A e B. É de olho nesse público que os comerciantes tentam melhorar a qualidade do atendimento.
"Nós estamos recebendo esse público, nós estamos trabalhando para que esse público se sinta realmente à vontade para fazer suas compras", disse o presidente da União dos Lojistas da 25 de Março, Miguel Giorgi Jr.
Para facilitar a vida do consumidor, os lojistas lançaram um guia que traz telefones, endereços, cartões aceitos nas 1.243 lojas e 22 shoppings, nomes de restaurantes, estacionamentos e pontos turísticos da região.
Há também dicas de segurança e de como evitar a compra de produtos pirateados. Há um mês, foi proibido o tráfego de veículos em parte da rua. O número de policiais também cresceu. No próximo ano, será lançado um cartão de crédito personalizado: 25 de Março.
E tem até consumidor que já trocou as mordomias dos shoppings.
"Cada ano que passa, eu acho que aqui é melhor. Eu acho que está crescendo muito. Então eu vejo isso aqui como um lugar muito promissor. Sempre tem novidades. Você pode vir aqui e achar coisas novas para comprar", afirma a farmacêutica Fabiana Garcia.
"Nós achamos coisas que nós compramos há quatro, cinco anos atrás em shopping aqui por um preço muito mais legal", disse a comerciante Elizabete Maimoni.
"Tem a vantagem de ser na rua, um preço bom. Eu prefiro muito mais a 25 do que o shopping. É muito bom. Eu adoro", conta a promotora de eventos Cíntia Ramos Amaro.
Até os camelôs que nem vendem produtos natalinos já sonham com o faturamento alto e uma farta ceia de Natal. "Creio eu que até para garantir um peru e uma leitoa, juntos", disse Adriano Domingues.
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