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O recente escândalo sexual nos Estados Unidos envolvendo o ex-congressista Mark Foley e um padre que confessou ter mantido “relações impróprias” com o republicano respingou no Brasil e “pode denegrir a imagem do país e também dos missionários que vêm para cá”.
A opinião é de dom Anuá Batisti, arcebispo da cidade de Maringá (PR) e presidente da Comissão para os Ministérios Coordenados e da Vida Consagrada da CNBB (Confederação Nacional dos Bispos do Brasil). Ele acompanha há muitos anos o trabalho missionário e garante que nunca ouviu ninguém dizer que no Brasil é “normal andar pelado ou receber massagens”.
“Desconheço esse tipo de comportamento. Os missionários que vêm para o Brasil já têm um certo nível cultural. Claro que pode acontecer de alguém ficar surpreso ao entrar em contato com uma cultura de uma tribo indígena da Amazônia, por exemplo. Mas em nenhum caso o missionário fará uma observação desse tipo porque não é a realidade”, afirmou don Anuá. “Os brasileiros não andam pelados por aí.”
Em entrevista ao jornal Washington Post, na quinta-feira (19), o padre Anthony Mercieca tentou justificar as viagens que fazia com Foley para nadarem nus em um lago no sul da Flórida como algo normal que ele aprendeu quando freqüentava o seminário no Brasil.
Mercieca disse ao diário que “os brasileiros não acham problemático que alguém nade pelado no parque ou receba uma massagem".
"Talvez ele esteja usando esse argumento para tentar justificar um comportamento. Conheço muitos bispos e missionários que vieram ou estão aqui e nunca ouvi nenhum deles falar algo assim”, diz dom Anuá.
Ainda em relação aos comentários de Anthony Mercieca, o padre afirmou que eles podem denegrir a imagem do Brasil.
“Sem dúvida que pode prejudicar a imagem do país e dos missionários. O pessoal lê isso e depois vão dizer que todo brasileiro é selvagem!”
Fonte: O VERBO/ EPTV
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